Lua. (29/01/2010)

Eu estava olhando a Lua agora a pouco. Vendo sua majestade e seu brilho, mesmo que não próprio. É muito lindo. Estava cheia. Eu vi o quanto sou pequeno. Hoje à tarde eu tomei chuva. Fazia meses que não chovia aqui, e o clima estava terrível. Então eu fui tomar um banho de chuva cantando e agradecendo a Papai pela chuva. Mas hoje também pequei. Nada que se diga: “Nossa, ele pecou, ele vai arder no mármore do inferno!”, foi o que as pessoas chamam erroneamente de ‘pecadinho’. Mas foi pecado. Eu ultimamente tenho vivido um conflito interno muito grande. Há dias bons e dias maus, espiritualmente falando, numa alternância doentia. E eu tenho consciência. É algo que me faz pensar às vezes onde está o Espírito Santo que D-s mandaria para nos falar. Mas eu esqueço, e atire a primeira pedra quem nunca esqueceu nem por um minuto, que o problema está em mim, e não em D-s. Não é Ele que se ausenta, eu que finjo que não estou vendo. Não é ele que se cala, sou eu que finjo não escutar. Ele está lá na lua, nas estrelas e nas nuvens que volta e meia cobrem-nas. Ele está nas gotas frescas da chuva de verão. Ele está na brisa suave que refresca o calor do dia. Ele está na terra molhada. No ar. Ele está na nossa respiração. A questão é: Ele está no nosso coração? Volta e meia, como diz a música de João Alexandre, temos que repensar a crença na onipresença de D-s. Deus está em todos os lugares, mas ele só habita nosso coração, nossa mente, quando permitimos. É o único lugar onde Ele pede permissão para entrar. Não por que ele precise, mas por que Ele nos ama e amor envolve respeito aos direitos do próximo. E D-s respeita o direito que Ele mesmo nos deu de escolhermos deixá-lo entrar ou não. Muitas vezes, tenho a vontade insana de ser privado do meu livre arbítrio. De dizer pra Papai: “Invada meu coração logo! Arrombe a porta e estabeleça morada!” Feliz ou infelizmente, isso não é típico de Papai. Ele pede gentilmente que o deixemos entrar. Isso é obra do Espírito Santo. E não importa a maneira que Ele usa, ele está o tempo todo sussurrando ao nosso ouvido: “Deixe-me entrar! Deixe-me reformar sua casa, deixe-me torná-lo puro e perfeito como Eu sou.” Eu não sei quais vão ser minhas escolhas, mas nesse exato momento tudo o que eu quero é abrir a porta e deixá-lo entrar. E você?

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