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Mostrando postagens de dezembro, 2014

O Fim do Natal

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Eu nasci na véspera do Natal. Meu nome é Jônathas justamente por isso. Vem do hebraico, e numa tradução na linguagem contemporânea seria basicamente “Presente de Deus”. Além disso, cresci num lar cristão. Comemorei o Natal em família praticamente todos os anos do meu quase quarto de século. Fui criado numa sociedade que torna o Natal uma data especial, seja comercial, social ou espiritualmente. O comércio se movimenta no natal, assim como as famílias, igrejas e círculos sociais. Eu sou viciado em músicas natalinas em diversas versões e estilos. Sempre fui muito ligado ao Natal. Apesar disso tudo, a cada ano que passa, o Natal se torna mais comum e passageiro. A cada ano, ele termina mais rápido e passa mais frio. Eu poderia estabelecer aqui um diagnóstico para isso.

O Sublime Horror do Evangelho

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Cena do filme "A Paixão de Cristo", amplamente criticado pela frieza e violência. Em suas “Meditações para Maltrapilhos”, Brennan Manning diz que “A imaginação [...] domesticada agachou-se no berço, tremeu diante da salvação substituta de um Deus humilde, imprevisível. Um rei em trapos era um insulto para o intelecto finamente aguçado [...] e para a mente racional...”  e ainda acrescenta que “ O evangelho não é nenhum conto de Poliana para o inofensivo, mas um terremoto convulsivo, arrasador, um trovão que se propaga no mundo do espírito humano. ” Ainda no campo das citações, ao cantar a música “Besprinkled In Scarlet Horror” (Em tradução literal “Regado no Horror Escarlate”) sobre a condenação direcionada ao rock com temática cristã e também sobre o julgamento feito sobre todo e qualquer tipo de arte considerada “agressiva”, a banda de thrash metal Tourniquet praticamente grita: "Na tablatura eu escrevi Se você chegasse no local Do pavor escarlate do Ca

A Sobriedade Insana dos Crentes

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Para Ler Ouvindo: "Why Don't You Look Into Jesus" (Larry Norman), "Baseado em Quê" (Salomão do Reggae), "Desde que Eu Tenha Você" (Alessandra Samadello) Em entrevista ao jornal dinamarquês Politiken , o diretor Lars Von Trier – famoso por suas obras polêmicas, pessimistas e de alto teor filosófico como “Dogville”, “Anticristo” (sim, tem a ver com Nietzche), “Melancolia” e mais recentemente “Ninfomaníaca” – declarou que está em período de abstinência após tratamento para vício em drogas e álcool. Para o cineasta, "nenhuma expressão criativa com valor artístico foi criada antes por ex-bêbados e ex-drogados". "Não sei se posso continuar fazendo filmes, e isso me preocupa. Quem se importaria em ouvir Rolling Stones sóbrios ou Jimi Hendrix sem heroína?" Foi o que ele disse, após acrescentar que não acredita que vá fazer bons filmes após a recuperação, já que a maioria dos seus filmes foram escritos enquanto estava sob ef