Junho de 1984 - Eu, José Carlos de Oliveira Silva, aceito você, Maria Pereira de Souza, e agora, Silva, como minha legítima esposa e prometo te amar e te respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida, até que a morte nos separe. Zé colocou a aliança fina no dedo anular de Maria com um sorriso no rosto. Ele estava ciente dos cochichos fofoqueiros das senhorinhas com olhar de desaprovação no fundo da igreja. Ele estava ciente também do quanto o pastor Arlindo estava arriscando seu próprio emprego celebrando aquele casamento, mesmo que não era no prédio da igreja deles. Eles estavam se casando no coreto da pracinha do bairro, que era bonita o suficiente. Eles nunca tinham visto um casamento tão cheio na vizinhança. Zé não sabia se estavam ali pelo escândalo ou se era pela situação inusitada de um casamento na praça. Mas todos esses pensamentos, neste momento, estavam bem no fundo da cabeça de Zé. Naquele momento, ...
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