O Rei da Terra do Nunca


Em 22 de Outubro de 1844 (169 anos atrás), um grupo de estudiosos das profecias de Daniel, aguardou ansiosamente a volta de Jesus. Mas Jesus não voltou naquele dia. A maioria, decepcionado, abandonou a causa, outros, com humildade, reconheceram que talvez estivessem errados sobre a interpretação da profecia e resolveram cavar mais a fundo.
É interessante observar, que desde muito antes dessa data, as pessoas tentam prever quando Jesus vai voltar. Alguns acham que ele está demorando tanto que deixaram de acreditar.
E gradativamente, hoje o mundo duvida não só da volta de Jesus, como da existência dele.
Mas num mundo tão científico, tecnológico, globalizado, essa história de ressurreição e retorno triunfal de Jesus não parece mesmo um conto de fadas?

Alguns céticos chamam-nos de pessoas grandes com um “Amigo Imaginário” coletivo, dizem que somos Peter Pan, por nunca querermos crescer, e queremos todos ir para a Terra do Nunca.
O fato é que, por mais que zombem de nós, todos buscam sua “Terra do Nunca”. Mesmo algumas teorias científicas e correntes filosóficas acabam se tornando o conto de fadas reconfortante para que os céticos durmam bem.
Eu acredito piamente numa chamada Terra do Nunca.

Jesus veio à Terra e nos ligou novamente com Deus. Não perdemos todos os traços da Imagem de Deus em nós, colocados na Criação e distorcidos pelo pecado. Uma dessas coisas é a eternidade colocada por Deus em nossos corações (Eclesiastes 3:11). Eternidade essa que só pode ser preenchida por quem é Eterno.
Por isso essa busca insaciável por alguma “Terra do Nunca”.
De todas as terras do nunca que já li a respeito, a única que realmente preenche nosso ser com a Eternidade colocada por Deus em nossos corações, é a Nova Terra prometida por Ele na Bíblia. Lá é verdadeiramente a Terra do Nunca.
Como diz a música do quarteto Arautos do Rei: “Nunca mais as lágrimas, nunca mais a dor, nunca mais o sofrimento, só paz e só o amor.”
Você consegue imaginar isso?

Não é só um conforto para o coração. É uma esperança, a certeza de um tempo em que não precisaremos mais nos preocupar com os ponteiros do relógio ou com as doenças ou se nós morreremos de fome.
Ou sequer precisaremos nos preocupar com a morte, pois ela não existirá.
Não haverá saudade, pois não haverá distância. Já imaginou isso?

As pessoas não crêem em felicidade gratuita, e por isso não querem ter esperança. Acontece que essa felicidade é gratuita para nós, pois custou preço altíssimo para Jesus. A única maneira de aceitarmos esse presente é JÁ viver AGORA na Terra do Nunca.
Como? A Terra do Nunca fictícia, do universo do Peter Pan, exige que a pessoa seja uma criança para chegar lá. Não é tão diferente assim com o Reino de Deus:  “Mas Jesus chamou a si as crianças e disse: ‘Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Digo a verdade: Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele”. Lucas 18:16-17

O que Cristo quis dizer? Apenas uma criança tem fé e sinceridade o suficiente para confiar todo o coração dela ao próprio Pai. Só uma criança consegue se curvar perante o Rei em reverência e ainda assim consegue conversar com ele de igual para igual, num bate papo cabeça. É isso o que Deus pede de nós: Fé, sinceridade, humildade, espontaneidade, facilidade de cura e perdão. As melhores características infantis, ainda resquícios da imagem de Deus em nós. Ter fé como aqueles que citei no início do texto tiveram, ter a mesma humildade que alguns deles tiveram para perceber que estavam errados e confiarem em Deus para esperar a hora que Ele escolher acabar com todo o mal.

Nossa dependência dele, como crianças que dependem dos pais, é o que nos levará à Terra do Nunca onde “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou” (Apocalipse 21:4).
Por que não podemos ser como crianças e vivenciar isso já AGORA? Confiar nele?
O Rei da Terra do Nunca abriu seus braços numa cruz pra esperar que você o abrace de volta. E quando se abraça o Rei que é em si mesmo a Vida, não morremos, nem choramos, nem sentimos dor.

Que você consiga reconhecer-se como uma criança de Deus: livre, leve, humilde herdeiro do Reino!

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