Trilogia de Tudo - 3: A Vida



(Clique aqui para ler o Primeiro Capítulo e aqui para ler o Segundo Capítulo)

Esta é a Trilogia de Tudo.
Ela fala sobre o que a Páscoa significa para todas as coisas.
A história da Páscoa é mais antiga do que coelhos e ovos, mais antiga do que chocolate.
É mais antiga até do que a Ressurreição de Cristo.
A história da Páscoa não tem fim, mas ela começa com a história da Morte e da Espera, e essa história termina quando a História da Vida continua...

A Vida é Eterna. Não por ser um processo contínuo de transformação de matéria e energia.
Não.
A Vida é Eterna por que é uma Pessoa e essa Pessoa é Eterna.
A Vida é essa Pessoa e a Vida emana dessa Pessoa.
Por isso, quando a raça humana come da Árvore da Independência e se desliga dessa Pessoa, a consequência é a Morte.
A Morte não vem imediatamente.

A Pessoa Eterna estabeleceu inimizade entre a Descendência e a Serpente e colocou no coração da Descendência o vazio da Eternidade que só pode ser preenchido por uma pessoa eterna - A Vida.
Por isso, a misericórdia permite que a humanidade desfrute de uma amostra bem pálida da Vida, apenas o suficiente para ter a oportunidade de escolher novamente.
A segunda chance.
A Espera.

Por milênios o Primeiro Homem e a Primeira Mulher, assim como sua Descendência, esperaram pela Vida encarnada. Mas ela veio muito tempo depois.
O período de Espera foi longo, muito longo.
Agora, aqueles que enxergaram no Filho do Homem - Emanuel - a Vida encarnada se perguntavam como poderia ser a Própria Vida estar Morta.

Era domingo de manhã.
A desesperança e a morte haviam tomado conta do coração dos que esperavam.
Então - mais uma vez - eu entrei em cena.
Caso durante este ensaio você tenha se perguntado quem está narrando a história, você pode ter percebido que me refiro à humanidade na terceira pessoa.
Assim como me refiro à Vida na terceira pessoa também.
Isso por quê eu sou um anjo.
Gabriel é o meu nome. 

Eu estava lá quando o Querubim Rebelde introduziu a palavra Morte no Universo.
Assisti com pesar a Primeira Mulher se deixar levar pela conversa dele.

Fui parte ativa na Libertação da Descendência e na sua jornada rumo á Terra Prometida.
Anunciei a encarnação da Vida.
E vi com a maior tristeza e o maior horror que você consiga imaginar, a Vida morrer brutalmente numa cruz.

Ouvi o Silêncio da Morte no dia seguinte ao Sacrifício.
E agora - três dias depois - eu estava a postos.

O ciclo se completava.
A ordem do Pai foi clara:
"Chame-o!"


Você tem a escolha de comer da Árvore da Independência, também conhecida como a Árvore do Conhecimento e duvidar dessa história, deste relato. 
Mas então, você estará perdendo o melhor da Vida e da sua vida.
É impossível para você que alguém ressurja dos mortos.
Talvez você creia em reencarnação, ou na continuação da vida de alguma outra forma que não a natural.
Mas eu digo que a Ressurreição existe.

E digo isso por que eu mesmo toquei na pesada pedra que cobria o túmulo da Vida para chamá-lo.

Eu O vi ressuscitar.
Eu vi a Vida ressurgir de uma forma tão miraculosa e espetacular, que você não conseguiria compreender.
Ela explodiu para todos os lados de tal forma, que não foi só o Filho a ressuscitar naquela manhã.

A Páscoa não se trata apenas da Morte.
Trata-se também da Espera, mas principalmente da Vida - a ressurreição, a subversão da Morte, a cura do pecado.
A Libertação se completa quando o Rei ressurge para declarar em alto e bom som que a Morte deixou de ser a única opção para a Humanidade Caída. Ele ressurge para desafiar as leis naturais, para desafiar o pensamento humano de que tudo se resume ao que a humanidade sabe com sua ciência incompleta.
Não se trata da cura de uma doença - que não resolve a Morte.
Não se trata do fim do sofrimento ou do preconceito - que não resolve a Morte.
Trata-se do fim da Morte. 

Se foi paradoxal enxergar a Vida morrer, é regozijante observar o funeral da própria Morte.

Depois de assistir a mais horrorosa - e bela - morte que jamais presenciamos, foi gratificante receber a Vida Encarnada no lar.
Depois de três décadas terrestres sem o Sacerdote ocupando o Santuário, ele sobe para consumar o Sacrifício no Lugar Santo celestial.
Ao descer novamente ele encontra seus seguidores e lhes explica que tudo estava predito pelos escritos antigos.
Moisés, Isaías, os profetas e até os Salmos haviam contado toda a história antes que ela acontecesse.
O Santuário contava a história da Morte e da Espera.

Agora a Vida chegara de uma vez por todas.
O Sacerdote se encontra purificando o Santuário, agora no Lugar Santíssimo.
E isso diz respeito a você!
Você vive a Espera, mas não significa que tenha que esperar a Vida Eterna para se alimentar do Pão da Vida.
Ele veio ao seu mundo estabelecer ligação direta com o Pai.
Coma da sua carne, beba do seu sangue - ou seja, alimente-se do seu Espírito e da sua Palavra.
Você talvez não creia na Trilogia de Tudo, mas isso não significa que ela não exista.
A escolha no período de Espera envolve a Fé e a Fé é colocar o pé para que depois Ele coloque o chão.
Uma vez que você escolhe a Dependência, você passa a entender coisas que não entendia e também a aceitar coisas sem entendê-las.

Chama-se Graça. Chama-se vida.

O Rei Ressurgiu. A Espera em breve acabará de uma vez por todas, enterrando para sempre a Morte embaixo de Ruas de Ouro e Mares de Vidro.
Rever pessoas queridas que se foram e nunca ter medo de perder as que ainda estão conosco.
Por toda a Eternidade contemplaremos a Vida e a estudaremos sem nunca entendermos em sua plenitude, mas sempre descobrindo novas coisas sobre ela.

Você é livre pra decidir.
O final desta trilogia na sua vida é você que vai escrever.

Você pode ter o final feliz - cliché mas desejável.
Por mais que a Serpente tente te convencer que você finais felizes não existem, não é ele quem manda na história.
E o Autor de toda Vida e de toda História tem um final feliz escrito pra você.
Afinal, Ele desceu e morreu por você, mas a história da páscoa não termina com a morte... Ele ressuscitou!
A Ressurreição muda tudo. Tudo.
A Vida está viva e bem, intercedendo por você e lhe dizendo que o sacrifício dele foi o suficiente para derrotar os seus pecados e, consequentemente, a sua morte.
Que tal dar uma chance à Ele?

Feliz Páscoa - todos os dias!

Ass. Gabriel

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