Você é um Idiota por Pensar que Pode Ser Você Mesmo



As prateleiras das livrarias e listas de Best Sellers estão repletas de livros de auto-ajuda.
As ruas estão cheias de ativistas buscando seus direitos como grupos.
Os bares, pubs, boates e casas de show estão repletos de tribos e gente se divertindo.
As igrejas, sinagogas, mesquitas, templos, ruas e parques estão repletas de gente que busca algo mais para sua própria vida.
As salas de aula, universidades, centros de pesquisa, assembléias e a rede estão cheios de pensadores e pesquisadores buscando um rumo para a humanidade.
As ruas, marquises, pontes e viadutos estão cheios de gente sem lugar no mundo por causa do próprio egoísmo e/ou do egoísmo dos outros.
Os corações da humanidade estão cheios de desejo por encontrar liberdade, finalidade, por quês, ou simplesmente aceitação.
O problema é que nunca vão achar a si próprios, nunca se sentirão bem com o que são, enquanto buscarem a identidade no formato de padrões (e a quebra de padrões É um padrão da pós-modernidade).

O peso de ter uma identidade própria é grande demais numa sociedade em que você é criado de uma forma pelos pais, visto de outra forma pelos amigos, enxerga-se de forma distorcida no espelho, é influenciado de forma tendenciosa pela cultura, não se permite ser livre por que tem necessidades fisiológicas, não sabe exatamente o processo que uma informação sofreu para chegar até você e ainda vive sob algum tipo de sistema sócio-político-econômico.
É muita pretensão sua pensar que você pode ser você mesmo, quando tudo o que você tem são fatores externos que influenciam seus pontos de vista pessoais.

A única forma plena e completa que existe para nos sentirmos à vontade é ter a plena consciência do que somos e de quem somos, para depois permitir que quem somos dê lugar a quem ELE nos criou pra ser. Deu um nó na cabeça? Bem, Ele é o único perfeito, o único que pode cuidar da nossa identidade sem que nada mais nos atinja, que nos livra de todos os degraus que temos que subir para sermos boas pessoas ou parecermos originais.
E mais, numa época em que grande parcela de pessoas se deixava influenciar por religiosidade sem Deus, para conseguir que todos tentassem alcançar a realização pessoal, tendenciosamente (não tão cientificamente, como muitos pensam) surgiram várias correntes científicas e filosóficas que fazem a grande maioria de HOJE pensar que a humanidade caminha sozinha – mesmo que admita a existência de um Deus.
Seja no pensamento evolucionista, espiritualista, individualista, capitalista ou comunista, você é levado a pensar que você tem que alcançar um ideal de humanidade – seja ele dentro dos padrões ou fora deles.

Portanto, eu tenho uma pena e um amor muito grande por quem nega a existência de Deus veementemente por não querer aceitar que as religiões imponham padrões, sem perceber que estão caindo no padrão mais baixo de todos: o padrão de se nivelar por si mesmo e achar que, sozinho, pode ser alguém melhor.
Alguns enxergam esse pensamento como uma incrível demonstração de baixa autoestima. Mas não são os próprios livros de autoajuda que dizem que o primeiro passo é a autoaceitação?
Você sabe quem você realmente é? Você é fruto do sistema? Você é fruto da educação que teve ou do que decidiu ser? Você é fruto de códigos genéticos?

Nós vivemos num mundo contaminado pela distorção da natureza e pelo pensamento egoísta e pecaminoso que provoca todas as coisas ruins e é provocado pela falta de Deus.
Deus define quem você é: Você é uma criatura idealizada, projetada e amada por Ele. Você foi criado por Ele para ser seu filho, herdeiro e servo. Alguns não gostam da palavra servo, mas ser servo de Deus é ser tratado tal qual filho e ter o nome no testamento dEle. Foi pra isso que você foi criado.
Como um bom Pai, ele permite que você escolha não ser seu herdeiro. Mas as consequências disso ultrapassam o medo da morte certa que a separação de Deus acarreta. O pecado trouxe, além da morte, o medo, a vergonha, a culpa, os padrões baixos e a distorção de quem você é e do que você enxerga. Você só tem dois caminhos: ser um servo herdeiro de Deus ou ser escravo das próprias vontades e das vontades do mundo. Ou você nunca leu a parábola do Filho Pródigo e não pensou em todas as implicações dela?

Já fui chamado de idiota diversas vezes por acreditar no que acredito, direta ou indiretamente. Por isso não terei medo de dizer que, se você acredita na "pureza moral" de pesquisas científicas que, por mais criteriosas e honestas que sejam, foram feitas por pessoas que como nós são passíveis de erros, influenciáveis pela cultura, pela sociedade e pelos próprios pontos de vista; se você acredita que você foi responsável por todas as escolhas que fez, se você acha que pode ser original, autêntico ou apenas ser você mesmo, você é tão idiota quanto os religiosos que você critica por acreditarem em “baboseiras”.

Você viverá sua vida inteira lutando para ser você mesmo, para questionar sistemas e formar um bom caráter e no final das contas o que você deixará? Algum legado ideológico nobre que daqui a 50 anos será tido como obsoleto? Alguma teoria científica que em 200 anos será desmentida por outra teoria mais bem fundamentada? Algum livro bem escrito e cheio de questionamentos importantes que em 100 anos estará na prateleira de clássicos e fora do alcance da grande população?

A história nos conta que por milênios a humanidade luta por liberdade e sempre acha algo que a escraviza – reinos ou ideologias. Faz isso por que não percebe que, citando Tenth Avenue North, a lógica é: Nós somos livres pra lutar, nós não lutamos para ser livres.
ACORDA humanidade! Enquanto não perceber que você já é livre para escolher, você continuará lutando por uma liberdade ilusória e sempre estará se sentindo escravo de algo – suas próprias idéias, sua aparência, sua filosofia de vida, tudo isso influenciado pela sociedade e pelo sistema.

A ÚNICA chave para os grilhões que te prendem chama-se Jesus Cristo. Um Deus que escolheu ser livre o suficiente para se submeter aos mesmos limites aos quais somos submetidos. E nisso, permitiu que enxergássemos que Ele é o único que contém nossa verdadeira identidade escondida em seu rosto sofrido, mas pleno e satisfeito com o que é.

A real satisfação e sentimento de liberdade eu já experimentei e te convido a experimentar também, mesmo que pareça ridícula ao seu questionável ponto de vista. Ela foi expressa com um orgulho justificado por Paulo em sua carta aos Gálatas, no capítulo 2, verso 20: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”

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