O Brado Retumbante


(Para Ler ao Som Desta Música)
Gaia era um país independente. Quase todos eram super independentes. Não dependiam de outro país, nem eram controlados financeiramente ou mesmo culturalmente por outra nação, não eram controlados por regras alheias, não dependiam de religião, não dependiam de NADA, a não ser de si mesmos. Ao que tudo indicava, eles eram felizes e satisfeitos com sua plena independência. Mas é claro, que eles também tinham uma organização! Não eram anarquistas! Havia um Conselho que a tudo governava.
O que ninguém mostrava era a verdade...

A verdade é que por trás de toda aquela independência e prosperidade, todos escondiam segredos pérfidos, inclusive o Conselho.
Quando começou, o Conselho era presidido pelo Filho do Rei. Mas como ele era democrático, chamou os seus súditos para ser governo com Ele. Mas a posição que ocupavam lhes subiu tanto a cabeça que sumiram com o Filho do Rei e tomaram as rédeas do governo, mesmo sem conhecimento de causa. O resultado foi um governo turbulento, mas tão bom em enrolação que passavam a imagem de prosperidade e independência.
Mas eis que um dia o Filho do Rei ressurge e resolve extirpar de uma vez por todas o seu povo da escravidão da independência. Toda a liberdade só poderia vir por ele e através dele.
Passou em meio às águas do imenso Rio Jordão, mas elas não foram seu Ipiranga.
Foi num monte em forma de caveira, acima de uma cruz – símbolos da morte – que o Filho do Rei desceu do seu cavalo branco, calçou as sandálias dos seus súditos, e num fraco sussurro que ecoou por toda Gaia, ele assinou a carta de Alforria, outorgou a Lei do Amor e da Verdadeira Liberdade.
“Dependência ou Morte!” Foi seu brado!
“Consumado!” Foi a sua palavra que findou o inicio de tudo.
Desde então, Gaia sofre um processo de separação. Enquanto muitos preferiram a escravidão da independência, em ilusão de falsa liberdade, outros – O Povo Heróico - apoiaram o Filho do Rei e escolheram depender do único no qual residia a plena liberdade.
A Guerra entre o Filho e o Conselho já foi ganha pelo Rei, porém o Conselho ainda tenta conquistar novos adeptos e a batalha continua. Dependência ou Morte é uma pergunta de apenas duas opções. Mas logo vem o dia em que, de uma vez por todas, se erguerá o Filho do Rei e seu Povo Heróico, e na consumação do seu Brado Retumbante, coroará os que escolheram a Dependência, Príncipes e Princesas da Nova Gaia.
E o Brado Retumbante se transformará num eco da música mais bela, terrível, sublime, terna e poderosa de todos os tempos.

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Sopro e Fumaça: Avicii se foi, mas deixou um pouco de Eclesiastes em sua música

Religião no Facebook??