O Abraço de um Pai


Assista este vídeo antes de ler (dá pra assistir mesmo se não tiver conta no Facebook).

Confesso aqui que minha sensibilidade foi exposta junto com algumas lágrimas ao assistí-lo.
Não quero hoje entrar no mérito das guerras e causas. Quero falar sobre abraços.

Eu sei a importância do abraço de um pai e de uma mãe.
Moro longe dos meus desde os 19 anos e os vejo algumas poucas vezes ao ano.
Eu sei exatamente o quanto um abraço tem mais valor do que qualquer censura ou discussão, quando a saudade e o amor estão envolvidos na equação.
Só não sei o que é ser filho de um soldado que põe sua vida em risco por um país ou ideal. Não sei o que é ser filho de um policial que saia todos os dias sem a certeza de retorno.

Listo o que achei interessante ao observar as reações de pais e filhos ao se reencontrarem:

O reconhecimento. Os filhos reconhecem os pais imediatamente, mesmo que demorem um pouco a processar a informação de que o pai está ali. Mesmo as crianças mais novas reconhecem o pai/mãe.

A felicidade. Alguns são mais comedidos e parecem frios, outros tem reações mais efusivas. Mas é clara a felicidade de poderem abraçar os pais novamente.

A diferença. É inegável a ânsia do pai, que tem tanta certeza de retorno quanto o filho, mas está longe de tudo o que mais ama. Há ainda a diferença maior entre crianças mais novas e mais velhas. Reparou os três adolescentes mais velhos do vídeo? Eles tinham mais noção do que os pequenos dos perigos que os pais corriam, eles já tinham uma maior noção do risco de não verem os pais nunca mais. A intensidade do abraço é maior, a emoção é maior.

Meu ponto neste texto é o abraço dos meus sonhos. Sou um cara grudento. Amo abraçar e ficar abraçado. Fui criado assim e gosto de ser assim.

Mas depois de algumas coisas na minha vida, depois de tudo o que já contei pra vocês por aqui, existe um abraço que eu anseio mais do que qualquer outro. Eu falo do abraço no meu outro Pai, no meu outro Irmão, no meu outro Consolador. Aquele que me conforta quando meus amigos e familiares estão longe. Aquele que me mostra o que ainda há de bom no mundo e me mostra o quanto o mundo vai melhorar quando Ele estiver conosco novamente. Aquele que me corrige quando estou na direção errada. Aquele que não vejo, mas sei e sinto.

Mais ainda, espero pelo abraço daquele que fez por mim o que ninguém jamais poderá fazer: dar-me vida eterna e devolver a mim quem eu realmente sou.

Não existem palavras pra descrever o sentimento que eu tenho de antecipação em abraçar aquele que possui as marcas na mão. Se você for um cético e estiver lendo isso, provavelmente estará rindo da minha suposta ingenuidade. Mas eu digo que ele não só existe como SABE abraçar. A razão pela qual eu sei que ele existe, são os inúmeros abraços "espirituais" que recebo dEle, a sua presença inegável em sua palavra e no "culto racional".

E eu espero o maior e melhor abraço de todos. Aquele do qual não vou querer soltar nunca, pois vai ser um abraço de reencontro, de matar as saudades de uma vez por todas, um abraço do fim da maior guerra de todas. Mais ainda, um abraço que significará o fim de toda lágrima, toda morte e toda a dor.

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