Sexo Livre é para os Reprimidos

Dia do sexo, dia de falar de sexo, né gente?
Por que não, falar de sexo não é pecado! E já falamos que “A Bíblia é um Livro Erótico” aqui, então já pode!

Pra começar gostaria de narrar algumas situações.
Já presenciei mais de uma vez diálogos como o seguinte:

-O QUE? Você é VIRGEM? Em pleno século XXI?
-Uai, gente, qual o problema?
-QUE ISSO! Em que época você vive?
-Ahh... Numa época onde eu escolho o que faço com meu corpo?
-Nãaao! Você é escrava da moralidade, você tem que se libertar! Você tem que experimentar!

Outra cena:

Num site voltado para o público masculino, foi postado um texto sobre o tabu envolvido na nudez masculina, que mostra a sociedade machista em que estamos, pois a nudez feminina é mais comum. O autor do texto mostrou-se sem preconceitos, sem conceitos e muito pertinente. Nos comentários, porém foi criticado por sublinhar o fato de ser heterossexual. Segundo os argumentos dos leitores, isso mostrava que ele mesmo se condicionava aos tabus que criticou no texto. Ele não deveria reafirmar sua opção sexual já que não era preconceituoso.
Outra pessoa fez questão de sublinhar sua revolta contra o puritanismo em relação à nudez masculina, afinal isso era uma repressão aos homossexuais.
Feministas por sua vez se dividiam entre os que achavam que deveria se liberar a nudez masculina, outros achavam que deveriam mantê-la reservada e vetar a nudez feminina. Os primeiros eram tidos como “cabeça aberta”, os outros eram taxados pejorativamente de “moralistas”.

Ainda outra cena:

Um vídeo que deu o que falar na internet  mostrava uma curta, mas incisiva palestra de uma profissional espírita da área de saúde que mostrava através do funcionamento anatômico do corpo, que o sexo anal não é saudável e sequer prazeroso em seu sentido puramente fisiológico.
Ela apresentou experiências próprias e argumentos bem estruturados dentro da sua lógica.
Muitas foram as críticas. Sem muitos argumentos, algumas pessoas disseram que era apenas uma palestrante tendenciosa, controlada por cunho religioso.
Em contrapartida, abriu-se uma discussão sobre o machismo do sexo anal, não só com relações heterossexuais como também no meio homoafetivo, onde se abriu ainda uma “subdiscussão” onde vários homossexuais do sexo masculino se mostravam contra o sexo anal e a favor do sexo sem penetração, pois a prática do sexo anal é controversa mesmo entre eles.

Eu poderia escrever um livro citando todas as cenas parecidas com essas que presenciei, envolvendo sexo ou não. Mas o ponto é: Todas as vezes que me lembro dessas coisas eu fico pasmo com o rumo que a sociedade está tomando. 

Você é escravo do moralismo se você escolher não fazer sexo sempre que tiver vontade, mesmo que você não o faça por que não QUER.
Você é preconceituoso se você não concorda com a naturalidade da homossexualidade. Se você não tiver nada contra, mas faz questão de se declarar heterossexual,você no mínimo ainda é preso aos rótulos e valores moralistas.
Se você é um médico, biólogo, químico ou físico que não possui uma religião específica ou é ateu, você é confiável. Mas se você for um médico, biólogo, químico ou físico que se declara cristão ou leva alguma religião com normas no nome, não importa quantos títulos de PhD você tenha ou o quanto você estudou: você é tendencioso, não confiável e só diz falácias –pra não dizer os que te colocam na farinha dos ignorantes.

Certa vez li um texto muito interessante que procurei, procurei e nunca mais achei e fiquei pensando a respeito. Era um texto escrito por uma psicóloga que não era cristã e dizia que apesar das reações ao sexo serem fisiológicas, 90% do que define a forma que um ser humano se relaciona com o sexo é psicológico. Ouvi dizer isso numa palestra também. Mas claro, como eu disse acima, não importa o quão inteligente e estudada os profissionais envolvidos em tal pesquisa sejam, a ciência confiável prega que o sexo é uma necessidade fisiológica.

Mas eu pergunto: O sexo livre nos torna pessoas melhores, mais livres e mais bem resolvidas?
Não sei se vocês também percebem isso, mas me parece que cada vez que as pessoas tentam desmistificar o sexo e quebrar seus tabus, mais errático, problemático e polêmico o sexo fica. Quanto mais se critica a pedofilia, mais as crianças são expostas ao sexo. A psicologia diz que quanto mais cedo as crianças conhecem o sexo melhor, mas a mesma psicologia ainda diz que a criança não é preparada para isso e por isso não deve ser exposta ao sexo.
Seja as letras de música, propagandas e programas na televisão ou mesmo a facilidade de acesso a internet expõe crianças precocemente ao sexo. Mas não, tem que saber mesmo,  e quem disser o contrário é moralista, atrasado, não cabe na sociedade pós-moderna.

E eu tenho observado algo: Há MUITO que os tabus envolvendo sexo deixaram de ser religiosos. Ninguém – nem mesmo os religiosos – liga mais pro que a religião diz sobre sexo, por que mesmo as mais conservadoras não falam muito a respeito.
Isso se deve a dois raciocínios opostos: Sexo é liberado ou Sexo é Errado.
Já passamos por isso aqui no blog.

Deus colocou o desejo sexual nas pessoas como algo sublime, algo que envolve sim o físico, mas também os sentimentos e as decisões. Infelizmente vivemos num mundo onde a natureza é distorcida, a mente humana criativa, e o Inimigo gosta de diversão. 

Então, quando Deus estabeleceu alguns limites para o sexo, o seu Inimigo fez o que costuma fazer com TODOS os limites que Deus coloca com amor: Faz com que a humanidade encare isso como repressão.
Por muito tempo, as instituições religiosas foram as armas utilizadas para fazer os limites parecerem repressão. Quando perceberam que não precisavam das instituições as pessoas passaram a querer recuperar o tempo perdido e se entregaram a um hedonismo quase coletivo e quase inconsciente.
Fugindo da suposta repressão divina, todos hoje buscam as sensações e os prazeres que o sexo proporciona  de todas as formas possíveis. Alguns limitam algumas coisas, como opção sexual, se vai ter sentimento envolvido ou não, e todo o resto.
E nessa onda de “liberdade” de hoje, quase todos se entregam ao prazer do sexo.
E se tornam escravos da sociedade sexual.

Não sou moralista, caso contrário não falaria abertamente de sexo. Mas sou cristão e a minha crença na Bíblia e o meu relacionamento com Cristo me fazem enxergar algo que poucos enxergam: Sexo livre, como pregado hoje, supostamente sem tabus, foi criado como represália à repressão sexual. É como pular de uma cadeia apertada para prisão domiciliar. 

Livre não é quem faz sexo com quem quiser, quando quiser e quantas vezes quiser.
Livre é quem faz o que seu corpo foi feito pra fazer sem precisar dar satisfação a ninguém. Seu corpo, antes de ser fisiologicamente preparado para o sexo, é recipiente do fôlego divino e morada do Espírito Santo. Não é a casa da mãe Joana.
Livre é quem curte o sexo sem precisar se preocupar se vai acordar com ressaca moral, se vai pegar uma doença venérea, se vai engravidar, se vai curtir o sexo.
O Sexo livre é exigente demais. Você precisa cumprir requisitos demais para fazer parte dos seguidores dessa corrente – que hoje são maioria.
E os requisitos, além de muitos, são polêmicos, envoltos de tabus, contraditórios, muitas vezes toscos, como você pôde ver nas situações que narrei acima.

Sou contra o tabu em torno do sexo. Não deveria existir esse negócio de "falar de sexo é polêmico". Biblicamente o sexo é natural, o desejo é natural, deve-se SIM falar de sexo. Se sua intenção ao omitir o tema é evitar a prática, saiba de uma coisa: O mistério em torno do sexo só o torna mais desejável em todas as formas possíveis.

O sexo livre é um pressuposto do evolucionismo ateísta, e os tabus em torno dele são consequência unicamente da mente pecaminosa. Tanto que quando se tornou "permitido" falar de sexo, as pessoas não sabem exatamente o que fazer com ele. Algumas coisas são aceitáveis, outras não, a maioria dos pontos é polêmica...

O sexo tratado de maneira aberta, consciente e com os limites estabelecidos pelo CRIADOR do Sexo - e fora dos limites da religião e da não-religião - é o sexo menos problemático: Sua sexualidade não é resumida ao sexo e suas reações físicas, você não precisa discutir o certo e o errado e nem ter medo de sexo. É seguro, é livre de tabus, e dentro das SUAS escolhas e não das escolhas do seu corpo e da sociedade (já falei sobre liberdade aqui).

Quem crê num Deus criador,  sabe que Ele preparou seu corpo para fazer sexo, ele foi projetado para fazer sexo. Mas sua mente – feita um só organismo com seu corpo – Foi projetada para adoração a Deus e para amar, amar incondicionalmente. Mais do que isso, corpo e mente são uma unidade.

O sexo livre tenta separar sua mente do seu corpo e te impede de amar da maneira para qual você foi criado pra amar. O resultado é uma vida de muito sexo, e nenhuma satisfação real.

No fim das contas, os reprimidos são os seguidores do sexo livre, que vivem da ilusão de que o intenso prazer físico lhes causará prazer mental. O sexo acaba um dia. A mente persiste até você morrer.