O Rei Submisso




Chegando perto da Páscoa, eu começo a contemplar Jesus com mais frequência e através de pontos de vista ainda não explorados. Seja na própria Bíblia ou através de canções, filmes ou livros. E cada vez que me deparo com uma nova faceta dele, fico mais encantado com a sua pessoa e compreendo cada vez mais por que alguém tão incrível tem tão poucos amigos no mundo de hoje.
A ideia de um rei que se submete aos seus súditos é tão ridícula aos nossos olhos, que quando o Rei mais poderoso e sábio do universo fez isso, seus súditos passaram a duvidar da sua realeza.

Jesus não é um rei que se disfarçou de pobre para testar a lealdade dos seus súditos.
Jesus é um rei que se TORNOU pobre e viveu como tal para mostrar aos seus súditos que é leal a eles. E mostrar como ser leal.
É um rei que desceu do seu trono e despiu-se da sua majestade para que pudesse ensinar aos seus amados onde está a verdadeira nobreza.
Jesus é o Deus dos homens feito homem de Deus.
A glória contida. A luz nas trevas. O amor em meio à dor. A esperança em meio à tristeza. A sabedoria em meio à loucura. A vida surgindo na morte.
Um rei que nasceu num cocho, viveu ao relento, andou com os pés na poeira, morreu condenado por reis menores que ele, humilhado por seus escolhidos, pregado na cruz da vergonha, sepultado em túmulo emprestado, sem direito a um mausoléu ou pirâmide, parece ser um rei fraco e indigno de fiéis. Mas um rei que tenha passado por tudo isso para mostrar que não quer que o sirvam pela sua coroa, mas sim pelo seu coração compassivo, merece todos os aplausos e reverências do mundo.
E quando pensamos que talvez tal rei seja apenas mais um mártir a deixar exemplo, eis que ele ressurge da morte, triunfante, mostrando que mesmo sendo o mais pobre de todos os reis da Terra, ele era o mais forte, corajoso e poderoso. Afinal, apenas alguém tão poderoso poderia vencer uma guerra utilizando como arma a rendição pacífica.
Parece difícil demais para digerir, mas se um corpo humano comum de um judeu sofrido foi o escolhido para que a Palavra que criou o Universo se contivesse nele, nós conseguiremos deixá-lo fazer sua morada e sua transformação em nós.

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