[Resenha] Cold Hard Want - House of Heroes
Logo quando fiz este blog, postei uma resenha sobre a banda House of Heroes. Até então eles tinham 4 álbuns - sendo que dois deles eram versões diferentes do mesmo (Tem o "Ten Months", que gravaram quando ainda eram o No Tagbacks, mas não conto este por que além do nome da banda, não se acha esse disco pra ouvir).
What You Want is Now (2003), House of Heroes(2005), Say no More(2006) e The End is Not the End (2008). Eu conheci a banda em 2008 antes do lançamento do 4º álbum e até então eu apenas curtia de vez em quando as musicas dos 2º/3º albuns.
O "What you Want is Now" me cansava, mas é um (semi)debut e tanto, com uma complexidade musical raramente vista em albuns do estilo, tanto que gosto mais dele agora do que na primeira ouvida, o "House of Heroes" me cativou com Buckets for Bullet Wounds, Metaphor in Parenthesis, Serial Sleepers e Angels in Top Hats, essa última não estava no "Say no More", que em compensação tinha as ótimas The Invisible Hook e You Are the Judas of Cheerleading Square. Mas foi o "The End is Not The End" que me surpreendeu com um festival de criatividade que fez com que a banda fosse a mais executada no meu last.fm.
Em 2009 lançaram 3 EP's muito bons, "The Acoustic End" - com versões acústicas de duas músicas já gravadas (Serial Sleepers do HoH e If do TEINTE) e duas inéditas (A bela Ghost e a linda New Moon), "Meets the Beatles" com 3 covers simplesmente geniais dos Beatles (Can't Buy me Love, It Won't Belong e Ob La di Ob la da) e "The Christmas Classics" com versões mais do que ungidas de 3 clássicos de natal (Um acústico meio 'beatle' de Silent Night e as loucas All I Want for Christmas is You e O Come, O Come Emmanuel).
Em 2010 foi lançado o álbum que talvez seja o mais alto astral da banda, o "Suburba" - e talvez o que tenha menos letras com a temática claramente cristã. Poucas músicas desse álbum tem o toque melancólico presente nos álbuns anteriores, o que rendeu a apresentação de uma nova face da banda, que já era conhecida, mas não tão evidente. Mas é claro, a melancolia está lá em So Far Away, Burn me Down ou na faixa bonus Patient, e o cristianismo também está lá em Burn me Down, Constant (<3 e="" em="" foolish="" god="" kings="" mais="" p="" patient="" pouco="" save="" sutil.="" talvez="" the="" um="">No final de 2010, um single de natal com a clássica The Rebel Jesus foi lançado.
Em 2011 eles lançaram uma música single genial chamada Lovesick Zombie.
Então chegamos em 2012.
Antes do lançamento do álbum (no dia 10 de Julho), lançaram outra música single, mais do que ungida: a grudenta Dead, que é uma prévia do que eles apresentariam no álbum de 2012.
E agora chegamos ao presente objetivo.
"Cold Hard Want" é um álbum que resume o que House of Heroes já fez musicalmente (e também em termos de letra) com uma maestria imensa.
Os instrumentais bem elaborados, os vocais característicos do Tim, as vezes agressivos, as vezes sujos, as vezes limpo, as vezes suave, sempre acompanhado de back vocals com harmonias vocais que remetem a bandas como Queen e mesmo quartetos vocais.
A melancolia está lá, mas as injeções de energia e o otimismo também estão.
As letras sobre sentimentos estão lá, as letras sobre sociedade estão lá, as letras sobre a experiência cristã da banda estão lá. Com mensagens as vezes claras, as vezes enigmáticas, mas sempre fortes.
O House of Heroes está lá. Talvez não tão ousado quanto o HoH do Say no More ou do The End is Not the End, ou não tão explosivo e pop quanto o HoH do Suburba. Mas bem mais maduro, com certeza. Cheio de feeling. Aliás FULL of FEELING.
O álbum já começa arrebatador, com a introdução a capela com harmonia vocal, suave, bela, bem feita, que emenda com a mais do que simpática "Out my Way". "Dance (Blow it All Away)" lembra muito o estilão do Suburba com seu otimismo, enquanto "Remember the Empire" talvez seja uma das coisas mais pesadas (e geniais) que já fizeram.
O que é interessante, visto que o prelúdio "A Man who's not afraid" e o interlúdio "Curtains" (que introduz a última faixa do álbum) talvez sejam as faixas mais calmas que já fizeram.
"We Were Giants" e "The Cop" protagonizam as faixas com instrumental mais tranquilas - o que não as torna exatamente leves, mesmo com as melodias lentas e a instrumentação acústica. "The Cop" inclusive é de uma beleza ímpar - e é triste também!
Se com essas duas faixas o álbum dá uma respirada brusca nas musicas explosivas iniciais, ele começa a se tornar sutilmente mais pesado a cada faixa após elas, começando pela provocante "Comfort Trap", que com seu swing inicial - que é uma delícia de ouvir - nos conduz suavemente ao final explosivo - e letra de uma ironia refinada - que já nos leva para "Touch this Light", que em contrapartida é uma bela faixa, mais leve(!) e mais pop - como o Suburba - e não menos interessante, que foi usada para o primeiro clipe do álbum.
A letra otimista (e bem cristã, diga-se de passagem) quebra um pouco a pesada e irônica faixa anterior. È seguida pela belíssima "Angels of Night". E mais uma vez eles fazem a transição entre a leveza e o peso com "Stay", que é seguida pela forte "Suspect" (cujo tom que passeia entre o melancólico e o pesado lembra muito o album House of Heroes).
Por fim, "Curtains" é o último fôlego tomado para concluir o álbum de forma arrebatadora com "I Am a Symbol", que fecha o ciclo com chave de ouro. Além de ser uma música e tanto, a mensagem é mais do que bela. É forte e é clara. Combina muito com "Love, Jesus & Rock'n Soul".E é o que é o House of Heroes.
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