Não há cumprimento da Lei de Deus hoje sem combate ao racismo

Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto,
assim também a fé sem obras é morta. (Tiago 2:26)
A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta:
Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações,
e guardar-se da corrupção do mundo. (Tiago 1:27)

Nos tempos atuais, onde a mentalidade do cidadão comum tem sido muito polarizada, muitos cristãos faltam chamar Jesus e os profetas de esquerda por pregarem o auxílio ao oprimido e o envolvimento em causas (perceba que eu disse causas, não partidos ou ideologias) sociais.
Eu já escrevi textos sobre como a igreja é um lugar plural que, para ser igreja, precisa abarcar todo tipo de gente, inclusive gente que pensa de forma oposta. Em tempos como estes, isso é muito difícil, mas necessário.

Acontece que a questão de se envolver na causa social está na Bíblia há MUITO tempo, muito antes de existir esquerda, direita, muito antes de Marx e Engels nascerem, muito antes de qualquer termo que utilizamos hoje pra discutir política.

O conceito de ações para diminuir a opressão na sociedade é impregnado no texto bíblico de forma inegável. Nas leis da Torah, nas profecias inflamadas dos profetas do Antigo Testamento, no discurso e ações de Jesus. Quem diz que a gente não precisa se preocupar com causas sociais não leu a Bíblia direito - ou está sendo intelectualmente desonesto.

Até por que, estamos falando do genocídio de um grupo de pessoas que ocorre há séculos. Assassinato que é chamado de justiça. Mas a gente já chega lá.

Eu sou adventista do sétimo dia. Então vou usar algumas coisas do sistema adventista de crenças para explicar isso, mas a parte bíblica toda serve para qualquer denominação cristã que diz acreditar na Bíblia como regra de fé e prática.


A Bíblia e as questões raciais

Para uma compreensão mais correta desse assunto:

Deve-se ser cuidadoso para não impor preocupações contemporâneas sobre as Escrituras. Afinal, noções modernas de racismo ou nacionalismo eram estranhas para os escritores bíblicos; não obstante, o senso de nacionalismo ou racismo de algumas culturas vendo a si mesmas como superiores certamente era uma questão nos tempos bíblicos. (SOUZA, 2014, p.1)

Kirk (1985, p.4) concorda com Souza ao dizer que, apesar de parecer simples falar sobre questões raciais na Bíblia, termos como raça, classe e casta não são termos bíblicos ou usados na Bíblia, pois foram cunhados em tempos modernos. Ainda assim, era evidente a existência de discriminação baseada em identidade étnica, como exemplifica Kirk através de incidentes como os relatados em Números 12:1 (Miriã e Arão se voltam contra Moisés por ter este tomado esposa da etnia cuxita) e Atos 18:2 (quando Cláudio decreta que todos os judeus sejam retirados de Roma).

Elias Brasil de Souza (2014) destaca que as palavras hebraicas que designam essas diferenças étnicas geralmente estão relacionadas ao conceito de “nações e povos como entidades políticas” ou enfatizam a ideia de parentesco, descendência sanguínea, se referindo, por exemplo, ao Povo de Israel em si (p.2). Enquanto Kirk (p.6) escolhe uma abordagem de Israel como uma comunidade separada e exclusiva num sentido mais distanciador das outras nações, Hans K. Larondelle (2016, p. 36), ao discorrer sobre as alianças de Deus com seu povo, destaca que:

A eleição de Israel colocava sobre eles a responsabilidade especial de ser uma benção a todos, como “reino de sacerdotes” e uma “nação santa”. Isso lhes conferia a missão de serem “mediadores sacerdotais” a todas as nações gentílicas, visando dar continuidade à aliança abraâmica (ver Êx 19:5-6). Para que cumprissem esse propósito, Deus estabeleceu com Israel uma aliança [berît], que seria um meio pelo qual eles se tornariam coparticipantes do compromisso redentivo de Deus.

As implicações dessa natureza de mediação em relação às outras nações na aliança de Deus com Israel se tornam mais claras quando Deus dá ao povo suas leis. Em seus estudos status do ger (palavra hebraica usada para o residente estrangeiro) em Israel, Reinaldo W. Siqueira (2010, p.117) diz que “o número de referências e leis bíblicas pertinentes ao ger [...] é surpreendentemente alto no texto bíblico” e destaca que “mesmo em posse da terra prometida, os israelitas não deveriam se esquecer que eles eram de fato gerim (ou seja, estrangeiros) diante de Deus (Lv 25:23), como tinham sido seus antepassados (1Cr 29:15)”. Tentando entender os diferentes tratamentos ao ger dados em leis e livros da Bíblia distintos, Siqueira (p. 134) chama a atenção para uma diferenciação clara entre o estrangeiro e o israelita, ao mesmo tempo em que aponta a ênfase da lei em relação à inclusão do ger à comunidade. Os textos (Êx 22:21; 23:9; Lv 19:33-34; Dt 10:19; 23:18) também enfatizam a ideia de que Israel deve amar e não oprimir o ger, pois o próprio Israel foi gerim na terra do Egito (p.132) – situação que o autor coloca em comparação à peregrinação de Abrãao pela Terra, tomando Gênesis e Êxodo como base para a interpretação do termo ger (p.129-132). O autor ainda adverte contra o reducionismo na hora de interpretar o termo ger em si, pois é complexo e cheio de camadas. O estudo demonstra, por exemplo, que a palavra designa não-israelitas que nem sempre são pobres e não reduzidos a apenas uma classe social (SIQUEIRA, 2010, p.143-146).

O estudo de Siqueira é linguístico e literário, já o de Mark Glanville (2018) fala sobre a inclusão ética de Deuteronômio em relação ao estrangeiro e lembra que este faz parte do que o autor chama de a tríade dos vulneráveis que inclui “o órfão, a viúva e o ger” (p.602, tradução livre).
Tom Evans (2016, p. 121) lembra que só no livro de Deuteronômio, essa tríade está presente em 11 versos, uma delas incluindo Deuteronômio 10:18 que destaca o cuidado do próprio Deus pelo estrangeiro, o órfão e a viúva, fora todas as referências da tríade completa em Salmos, Jeremias, Ezequiel, Zacarias e Malaquias. Evans entende que o trio são representativos de diversos grupos marginalizados na sociedade atual e, como igreja, não podemos ignorar seu clamor (EVANS, 2016, p.129).

Souza (p.3) cita o apóstolo Paulo em Atos 17:26, pregando aos atenienses e fazendo referência a Deus como criador e mantenedor de todas as pessoas. Souza continua listando outros princípios que devem guiar a igreja no enfrentamento desses conflitos: a crença de que a queda afetou as relações humanas e toda manifestação de intolerância é proveniente do pecado; as promessas escatológicas de Deus que incluem as nações além de Israel fluindo para Jerusalém no Antigo Testamento (Is 2:1-4; Am 2:1-2) e fala sobre a pregação do evangelho a todas as nações (Mt 13:10; 24:14; 28:19; Lc 24:47); a Bíblia reconhece a diversidade de povos e nações da terra (Gn 10:1–32; Dt 32:8) e confirma seu plano divino para todas elas através do Pentecostes (At 2); “Deus não desculpa ou tolera preconceitos raciais ou étnicos” e aqui Souza usa como exemplos o caso de Miriã e Arão (Nm 12) e o de Jonas (Jn 4); por fim, através de Atos 10 e a história de Pedro e do centurião Cornélio deixam claro que Deus não demonstra parcialidade em relação a etnias e povos (SOUZA, 2014, p.3-4).

O teólogo conclui seu artigo dizendo que:

Como observado acima, a Bíblia confirma a diversidade de raças e nações junto com a convicção que todas as raças, grupos étnicos, e nações são uma e a mesma família humana. Sobre este fundamento teológico a Bíblia constrói sua percepção de nações e grupos étnicos. Este princípio teológico relativiza distinções tribais e nacionais. Acima destas lealdades humanas permanece a lealdade absoluta que devemos ao Deus Criador, que exige que amemos o irmão ou irmã estrangeiros. Portanto, qualquer manifestação de racismo, etnocentrismo, nacionalismo, ou tribalismo não apenas não é aceitável de um ponto de vista humanitário, mas também de uma perspectiva bíblica ou teológica. Admitidamente, os Cristãos algumas vezes têm sido incapazes de resistir a fascinação da idolatria étnica e nacionalista. (SOUZA, 2014, p.5-6, grifo meu).

A Igreja Adventista do Sétimo Dia e as questões raciais

A IASD possui uma declaração oficial emitida a respeito do racismo, datada de 27 de Junho de 1985 e proferida pelo então presidente da Associação Geral, Neal C. Wilson. Destacam-se as seguintes afirmações:

Um dos males mais odiosos dos nossos dias é o racismo, a crença ou prática que vê ou trata certos grupos raciais como inferiores e, portanto, justificavelmente o objeto de dominação, discriminação e segregação. Conquanto o pecado do racismo seja um fenômeno antiquíssimo baseado na ignorância, temor, alienação e falso brio, algumas das suas mais hediondas manifestações têm ocorrido em nosso tempo. O racismo e os preconceitos irracionais operam em um círculo vicioso. O racismo está entre os piores dos arraigados preconceitos que caracterizam seres humanos pecaminosos. Suas consequências são geralmente mais devastadoras porque o racismo facilmente torna-se permanentemente institucionalizado e legalizado e em suas extremas manifestações pode levar à perseguição sistemática e mesmo ao genocídio. A Igreja Adventista do Sétimo Dia deplora todas as formas de racismo, inclusive a atuação política do apartheid com sua imposta segregação e discriminação legalizada. (Declaração sobre racismo, 27 jun., 1985)

Essa parte inicial é seguida por uma explanação teológica justificando a declaração, baseada principalmente na Crença Fundamental nº 14 da IASD, a “Unidade do Corpo de Cristo” que salienta a igualdade dos homens perante Deus (Nisto Cremos, 2013, p. 226). Outras duas declarações oficiais da IASD que valem o destaque em relação ao assunto são as declarações de Tolerância e sobre relações humanas. A primeira apoia abertamente a proclamação das Nações Unidas do ano de 1995 como o Ano da Tolerância, e cita o racismo e o tribalismo como uma das formas de intolerância ao redor do mundo e ainda vai reconhecer que “os cristãos têm a sua parcela de culpa pelo preconceito e desumanidade para com os seres humanos” (Declaração de tolerância, 8 jul., 1995). A segunda vai dizer que “os Adventistas do Sétimo Dia deploram e procuram combater todas as formas de discriminação baseadas em raça, tribo, nacionalidade, cor ou gênero”, mais uma vez baseados na crença fundamental nº 14 e mais uma vez citando racismo e tribalismo como aspectos “perturbadores” dos nossos dias (Declaração sobre Relações Humanas, 29 jun. a 8 jul., 1995).

Declaração da Divisão Norte Americana, publicada em resposta
aos recentes acontecimentos nos EUA. (https://bit.ly/2U20Y1z)
Tradução de Filipe Karane.

Embora as declarações pareçam bem claras e contundentes, eu percebo que temos falhado em procurar combater essas formas de discriminação de forma efetiva.

Quando olhamos para a história da igreja, vemos, por exemplo, o esforço de James Edson White e outros adventistas no Sul dos EUA, como R. M. Kilgore e Charles M. Kinney, com sua longa e eficiente história de enfrentamento de resistências tanto dos fazendeiros quanto dos líderes religiosos do Sul, chegando alguns membros das igrejas plantadas por eles (com extrema dificuldade) sofrerem represálias e violência. E eles sofreram essas represálias não apenas para pregar o Evangelho, mas por estarem preocupados em oferecer melhores condições de vida para o povo preto daquele lugar.
A história dos adventistas com as questões raciais acompanharam basicamente o movimento dos Estados Unidos em geral e, assim como em todo o Norte, havia um número de pioneiros Adventistas do Sétimo dia que participaram diretamente ou indiretamente no movimento de abolição no meio do século dezenove, como os declarados abolicionistas Joseph Bates, Joshua V. Himes, Charles Fitch e George Storrs, dentre outros. Nos tempos de lutas pelos direitos civis, o campus da universidade adventista de Oakwood recebeu Martin Luther King Jr. Yolanda Clarke foi uma das poucas pessoas adventistas a aparecer no evento de King, em Washington, 1963 e disse: "Nós adventistas somos muito distantes do que acontece ao nosso reador. Nós precisamos mudar isso. Jesus estava no meio do povo - era lá que estava seu ministério. E assim nós também precisamos ser parte do que está acontecendo. Esse é o único jeito pelo qual nossa luz vai brilhar." Antes de Rosa Parks, foi uma adventista, Irene Morgan, que primeiro desafiou as leis de segregação nos ônibus.

E tudo isso pode ser defendido sob orientação de Ellen G. White, que possui declarações contundentes, como as seguintes:

Quando as leis dos homens se chocam com a Palavra e a lei de Deus, cumpre-nos obedecer a estas, sejam quais forem as conseqüências. À lei de nossa terra que exige entregarmos um escravo a seu senhor, não devemos obedecer; e cumpre-nos sofrer as conseqüências de violar essa lei. (Testemunhos Seletos vol. 1, p. 72.).

O Senhor não aceitará desculpas para o passado negligenciado do campo do Sul. Restituição ainda não foi feita completamente nesse campo. A censura ainda não foi eliminada. Cristo tem sido mal representado na pessoa dos Seus santos. Deus foi roubado do pagamento com o qual ele desejava abrir seu trabalho no Sul. E esse trabalho miseravelmente egoísta será repetido, como foi no passado, a não ser que o enxerguemos com luz verdadeira. (Carta 74, 1901, tradução livre).

Vocês não têm licença de Deus para excluir as pessoas de cor de seus locais de culto. Trate-os como propriedade de Cristo, que são, tanto quanto vocês. Eles devem ser membros da igreja com os irmãos brancos. Todo esforço deve ser feito para acabar com o terrível erro que lhes foi cometido. (The Southern Work, p. 6, grifo meu).

A lei de Deus contida nos Dez Mandamentos revela ao homem o seu dever de amar a Deus supremamente e ao próximo como a si mesmo. A nação americana tem uma dívida de amor à raça negra, e Deus ordenou que eles deveriam fazer a restituição pelo mal que fizeram no passado. Aqueles que não tomaram parte ativa na aplicação da escravidão sobre as pessoas de cor não estão isentos da responsabilidade de fazer esforços especiais para remover, tanto quanto possível, os resultados desta escravidão. (The Southern Work, p. 54, tradução livre).

Por tudo que nos confere vantagem sobre outros — seja educação, seja refinamento, nobreza de caráter e instrução cristã, seja experiência religiosa — achamo-nos em dívida para com os menos favorecidos; e, tanto quanto esteja em nosso poder, cumpre-nos servi-los. Se somos fortes, devemos apoiar as mãos dos fracos. (Ciência do Bom Viver, p. 105).

Em três textos temos conceitos muito próximos de outros que muitos chamariam hoje de "comunistas", como reparação histórica e a noção de privilégio que precisa ser usado em prol do outro. Deveríamos enxergar na essência desses textos e na sensibilidade em relação à sociedade em que vivemos, a oportunidade de, mesmo que tardiamente, tentar reverter essa situação, que ainda perdura. Na igreja isso não deveria ser uma questão de direita e esquerda, de liberalismo ou socialismo. É uma questão de cumprir os mandamentos de Deus. Afora isso, mesmo se excluíssemos a questão religiosa, estaríamos comprometidos com o fato de que lutar contra o racismo possui sim implicações políticas, mas vai além do espectro de direita e esquerda, é uma questão de caráter e moralidade. Bem e mal. Racismo é crime, é pecado e é crueldade que leva pessoas à morte - um genocídio silencioso que acontece há séculos.

Muitos cristãos vão se esconder atrás da desculpa de que só Jesus vai resolver os problemas do mundo, adventistas vão tirar textos de seus contextos para dizer que devemos nos isentar de qualquer manifestação política. Mas estes não prestaram atenção nas parábolas de Mateus 24 e 25 sobre o Reino. Só o Reino futuro trará a verdadeira justiça, mas ele precisa ser vivido aqui e agora. As parábolas dos servos, das virgens, dos talentos e a narrativa do grande julgamento são todas sobre as nossas atitudes enquanto o Senhor não volta. E o ápice da narrativa está em Mateus 25 que deixa claro que no fim, Deus não vai perguntar apenas quem não matou, não roubou ou não adulterou. O próprio mandamento do sábado, em Deuteronômio 5, Isaías 1 e Isaías 58 está intimamente ligado com libertar as amarras do oprimido. O critério de Juízo em Mateus 25 é CLARO:

Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos.
Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me.
E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos?
Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer.
E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.

Mateus 25:41-46.

Eu tenho um apelo a você, irmão!


Dito isso, eu quero deixar claro que estou cansado de conversar. Mas eu não consigo agir sozinho. A igreja é uma COMUNIDADE que Deus deixou SIM pra aliviar o sofrimento do mundo enquanto ele não volta. Quando há uma causa que afeta todos nós, conseguimos milhares de assinaturas até conseguirmos mudar a data de uma prova nacional para que sabatistas como nós fossem contemplados. Uma nação inteira se movimenta quando é pra proteger a própria bolha, ou para fazer eventos que apenas millenials de classe média alta podem frequentar, se entregando para a missão de Cristo. Portanto, eu preciso de vocês, que se movimentam dessa forma por causas que atingem a vida pessoal de vocês, pra me ajudarem a combater ATIVAMENTE não só a pobreza e a miséria, mas o racismo também. Que não só existe, mas como muitas vezes é reproduzido por nós.

Vocês podem começar ouvindo as pessoas pretas e o que elas têm a dizer sobre o racismo. Procure ler e aprender sobre o assunto, pois não se trata de ideologia, mas de dados, números e da experiência pessoal de milhares de brasileiros e é um desrespeito inaceitável negar a experiência pessoal de alguém, a não ser que você possua dados que provem que a pessoa está errada - e infelizmente os dados provam a estrutura racista que vivemos. Tem pessoas morrendo, em 2020, por causa da cor da pele. Procure incluir e dar voz às pessoas pretas da sua comunidade religiosa, dê a elas espaço para falar e tire qualquer espaço que sua comunidade possa ter para comportamentos que excluem. Crie diálogos, eduque seus irmãos e membros de igreja, eduque-se, repense seus olhares sobre o outro. Faça uma rede de contatos na sua comunidade que pode prover melhores condições de vida para os necessitados nela, una os empresários da sua igreja, os contatos dos membros e crie uma rede para conseguir empregos, cursos e ajuda para pessoas que precisam de emprego e educação. Aproveite a Assistência Social Adventista e crie projetos para atender pessoas necessitadas no seu bairro. E mostre Cristo a elas.

Só assim você será capaz de cumprir os mandamentos de Deus.



Referências e recomendações:

BENNETT, K. R. Resistance and accommodation to racism among early seventh-day adventist missionaries in the american south: a case study on relating to oppressive cultural practices in missions. Andrews University, 2011. Disponível em: < https://bit.ly/2KVeLBt>. Acesso em: 09 de out. 2018.

Declaração sobre racismo. In: CENTRO DE PESQUISAS ELLEN G. WHITE. 1985. Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2017

Declaração de tolerância. In: CENTRO DE PESQUISAS ELLEN G. WHITE. 1995. Disponível em: < https://bit.ly/2BSNcWx>. Acesso em: 10 out. 2018

Declaração sobre relações humanas. In: CENTRO DE PESQUISAS ELLEN G. WHITE. 1995. Disponível em: < https://bit.ly/2PkaQP3>. Acesso em: 10 out. 2018

GRAYBILL, R. D. E. G. White and church race relations. Washington DC: Review and Herald, 1970.

Igreja Adventista do Sétimo Dia (Instituição). Nisto cremos. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2013.

KIRK, J. A. Race, class, caste and the Bible. Themelios, v.10, n.2, p. 1-14, jan. 1985.

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SIQUEIRA, R. W. O ger (residente estrangeiro) em Israel: sua identidade e status na Torá. In: Judaísmo e globalização: espaços e temporalidades. Rio de Janeiro: Imprimatur, 2010, p. 117-149.

SOUZA, E. B. “Quem é o meu próximo?”: alguns pensamentos sobre racismo e racionalismo. Biblical Research Institute, 2014. Disponível em: . Acesso em: 19, nov. 2018.

http://www.blacksdahistory.org/

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