Subversão Revolucionária - Viva a Teocracia!



Lembro-me do dia em que mostrei uma das minhas bandas de metal cristão preferidas a um grupo de amigos, o Theocracy, e alguém disse: “Deus nos livre de uma Teocracia!”
Em tempos em que finalmente a sociedade brasileira começa a despertar para a democracia a qual pertence, discussões políticas que sempre ferveram, começam a tomar ares mais autoritários e menos hipócritas, teocracias não são bem vindas.

São tempos pós-modernos em que a sociedade despertou. Nem todos pelo bem comum, mas todos por que querem conquistar o próprio espaço. Manifestações dos passageiros de ônibus, dos homossexuais, das feministas, dos cidadãos, dos baderneiros. Seja por boas causas ou simplesmente pelo gostinho da revolução, todos vão às ruas – ou às redes sociais – conquistar seu espaço.
Tempos assim nos fazem pensar que a definição comum de uma teocracia realmente não parece atraente - o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de alguma religião. Países do Oriente Médio mostram que isso é opressor, e a crítica fervorosa a um estado que se deixa influenciar pela religião permeia protestos simpatizantes ao movimento LGBT.
Mas biblicamente existe também um conceito de teocracia. Um conceito ainda mais puro se buscarmos a origem da palavra. Teocracia (do grego Teo: Deus + kratos: governo), também pode ser definido como o sistema de governo em que as ações políticas, jurídicas e policiais são submetidas às normas de um único Deus.
Por incrível que pareça, o conceito bíblico para teocracia parece ainda mais abominável aos militantes dos direitos humanos. Por quê? Ora, um Deus que diz que abomina os atos pecaminosos do homem – e a definição bíblica pra isso inclui bebedeira, orgias, sexo fora do casamento, invocação de mortos e mediunidade, homossexualidade, travestismo e mesmo mentiras – Esse Deus não pode ser bem visto numa sociedade que finalmente começa a reconhecer os direitos dos homossexuais, a liberação sexual, simpatiza com o espiritismo e apregoa o “viva a liberdade!”.
Mas deixe-me resumir um pouco da história do modelo Teocrático bíblico antes que você venha me apedrejar por crime político:
Desde o início da história narrada pela Bíblia, vemos os relatos das histórias de personagens e povos psicológica e sociologicamente complexos, cujos fracassos e sucessos dependiam diretamente da sua rendição ou não à Teocracia do Deus Jeová. Por todas essas histórias, podemos compreender um pouco mais sobre como funciona a Teocracia celestial.
No começo de tudo, o governante proporcionou ao seu povo a possibilidade de vida e avisou o conceito básico através de uma árvore:
“Eu criei vocês para que me adorem, mas antes disso para que eu os ame. Sou governador sobre vocês e sou a melhor opção. Mas vocês têm o poder de escolha. Podem escolher continuar sendo membros da minha realeza e viver como herdeiros do trono, ou podem escolher a própria forma de governo. Mas já aviso: afastar-se de mim pode acarretar a morte de vocês e acreditem, não será escolha minha. Criei vocês para que vivam.”
Adão e Eva, herdeiros do reino, escolheram a democracia – onde o povo governa. E morreram. Não pelas mãos do Altíssimo, mas pela consequência natural da escolha deles.
No decorrer do antigo testamento, vemos a história do povo de Israel, desde Abraão, sendo pautada por altos e baixos que dependiam diretamente da dependência que tinham de Deus e o fato de a reconhecerem ou não.
A doença do autocontrole humano era tão forte, que ao verem-se submetidos aos cuidados de Deus, sentiram falta da escravidão, onde pelo menos seriam enterrados com dignidade e comeriam carne. Depois de um tempo conquistando vitórias, a coisa deu uma boa desandada quando eles decidiram deixar de ser uma Teocracia absoluta e reclamaram por um rei. Tiveram inveja das nações absolutistas – muitas delas também teocracias no outro sentido da palavra – e pediram um Rei humano, a quem pudessem olhar diretamente.
Quando voltaram do cativeiro babilônico, não conseguiram prosperar enquanto não reconstruíram o templo.
Desde que os primeiros herdeiros haviam escolhido a “democracia”, o revolucionário mais corrupto e espertinho do universo começou a espalhar burburinhos sobre rebelião contra o sistema e conseguiu a maioria dos votos. Num golpe de estado sujo e sutil, Satanás conquistou as multidões e as convenceu de que “A Voz do Povo é a Voz de Deus” sem, contudo dizer que nem sempre essas duas vozes cantavam o mesmo refrão. Aos poucos ele foi subvertendo os conceitos e transformou “o que somos” em “o que queremos ser”. E a massa acreditou e se deixou levar pelos próprios conceitos, numa Babel de opiniões, religiões e definições de identidade.
Deus, porém, ainda tem o maior exército, e a maior arma de todas ao seu favor: A Verdade e o Amor. Duas palavras que definem quem Ele é e o que Ele representa.
No meio de tantas artimanhas políticas sussurradas carinhosamente em forma de “Pão e Circo” pelo Inimigo, Deus tinha que mostrar sua verdadeira face, dar sua cara a tapa, levantar a sua bandeira e mostrar ao povo que ainda estava sentado em seu trono.
Como ele o fez? Desceu do trono e sujou os pés numa violenta, sangrenta e subversiva revolução que conseguia ser pacífica a despeito de todo o sangue que envolvia.
No fim das contas o Rei, numa jogada de mestre, deixou-se capturar pela Morte, apenas para derrotá-la de uma vez por todas de dentro pra fora. Infelizmente, as massas ainda se contaminam com a filosofia de “conquistar o próprio espaço” ao invés de doarem seu espaço para o único governante que sabe definir o pleno e perfeito conceito de igualdade.
Por pregar o absolutismo da Verdade reinante, o evangelho de Jesus – o Rei Súdito – não é popular, principalmente nos dias de hoje. As pessoas ainda tentam buscar desesperadamente o equilíbrio entre a igualdade de direitos e o respeito às diferenças sem perceberem que a única coisa da qual podem ter certeza é que Deus é o ÚNICO que consegue governar mantendo todos no mesmo nível, porém com diferentes características.
Os tempos prósperos do povo de Israel e a Igreja Cristã primitiva são os melhores exemplos de que uma Teocracia baseada no amor ao invés da justiça – a qual entregavam apenas para Deus – é a única solução para todos os problemas. Somente em Deus as pessoas conseguem aceitar a si mesmas e as outras sem que tenham que tomar os espaços alheios. Somente em Deus as pessoas doam sem dó seus bens aos menos afortunados e recebem tudo de volta num ciclo constante de amor, caridade e respeito às diferenças.  Somente em Deus, conseguimos – assim como ele – abominar o que as pessoas fazem e ainda assim amá-las. Tudo isso acompanhado de um senso fortíssimo de missão e urgência em fazer uma diferença concreta na realidade social do mundo.
E somente nessa Teocracia, a revolução acontece genuinamente de dentro pra fora e MUDA as pessoas – não um povo ou uma nação inteira – mas um a um até que todos se tornem reis e rainhas.
Descobri isso da forma mais crua possível. Me coloco então diante do exército composto pelo meu eu, meus ídolos de opinião, preconceitos e tudo mais e o enfrento com a única arma que me garante a vitória: O Amor do Rei que se desceu ao nosso nível para que pudéssemos subir junto com Ele ao seu trono.
Você não precisa se despir de todo o seu exército pessoal ANTES de se render ao lado justo e vencedor desta guerra. Você não precisa pensar no que vai ter que abandonar para entrar nessa revolução impopular. Pense apenas que, não importa o que você pense, a sua identidade não é definida pela sua religião, sua visão política, as roupas que você veste, sua opção sexual ou suas opiniões. Isso são apenas armas. Você é pó e ao pó retornará a não ser que se renda à pura e verdadeira Teocracia, que é o que te define. Sua identidade é definida pelo lado que você escolhe nessa guerra.
Vocês podem rir de mim por gritar avante para a Teocracia e dizer que tudo o que construíram será esquecido mesmo que você eternize isso em revoluções, fotografias ou livros. Mas uma coisa é certa: quer vocês acreditem ou não, quer vocês queiram ou  não, Deus vai tomar seu trono de volta definitivamente e não demora.
Onde você vai estar quando ele o fizer? Em qual dos revolucionários você vai estar agarrado? No Rebelde Derrotado ou no Pacífico Destruidor?
Reflita na definição de teocracia da excelente banda Theocracy enquanto pensa. E viva a Teocracia!

http://letras.mus.br/theocracy/860974/traducao.html

PS.: Tentei colocar todas as referências bíblicas aí, mas como me baseei em MUITA coisa da Bíblia, fica difícil. Mas a incorruptibilidade do Reino de Deus em detrimento ao governo falho dos homens pode ser visto claramente em Salmos e nos livros proféticos - sejam os Grandes e Pequenos do Antigo Testamento ou em Apocalipse, as complicações filosóficas que envolvem identidade individual e coletiva são altamente discutidas nos livros de Sabedoria no Antigo Testamento (Jó, Provérbios, Eclesiastes) e no Novo Testamento, principalmente nas Epístolas de Paulo e Pedro, a história do Povo de Israel e da Igreja Primitiva Cristã está em TODA a Bíblia. Portanto, fica um bocado difícil citar todas as referências. Algumas questões tratadas aqui são tratadas com mais detalhes em outros textos aqui do blog caso queira dar uma olhadinha.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sopro e Fumaça: Avicii se foi, mas deixou um pouco de Eclesiastes em sua música

Religião no Facebook??