And the Oscar goes to... GOD!
Na semana passada, a galera da minha comunidade cristã fez
um estudo baseado em teologia falando sobre Deus como artista, e usando a
Bíblia como base vimos vários aspectos dEle: o Deus oleiro, o Deus escultor, o
Deus músico, o Deus autor e o Deus arquiteto.
Eu como cinemaníaco, fiquei imaginando como o que sabemos sobre
Deus através da Bíblia se aplicaria ao Deus cineasta.
Entenda, eu tenho o cinema em alta conta quando bem
empregado e executado. A sétima arte é uma forma de unir todas as outras em uma
só. E como inventor da arte e da beleza, Deus é mestre em todas as artes. Por
que não no cinema?
Ele criou o argumento perfeito, que infelizmente muitos
tentam deturpar e enfiar os próprios defeitos nele. O interessante é que, mesmo
sendo o Roteirista principal, Deus respeita as escolhas e leva em conta a
personalidade de todos os envolvidos no grande filme da vida, do público à
equipe.
O melhor roteirista da história criou um roteiro original
que tinha tudo para ser perfeito. Mas alguns abusam da liberdade que têm e um
certo cabo man ambicioso (e muito talentoso por sinal!) queria escrever e
dirigir o filme da maneira dele e mesmo sem o conhecimento necessário para
isso, trouxe o amadorismo ao roteiro e às gravações usando os mais sujos
métodos de sabotagem possíveis.
Mas o Rei dos Cineastas também tem toda a propriedade em
roteiros adaptados e sou be contornar todos os erros cometidos de uma forma tão
genial, que o filme sobre uma história feliz acabou se tornando uma das mais
bem construídas histórias sobre amor, guerra e suspense existentes!
É daqueles filmes que sabemos o que acontecerá no final, mas
permanece em tensão por que somos personagens da história e nós mesmos podemos
escolher pra que lado torcer.
O nível de interatividade ultrapassa qualquer formato 3-D,
4-D, 5-D ou qualquer história do tipo “Você Decide”.
As atuações são impecáveis, pois os atores interpretam a si
mesmos, e quando tentam enfiar as próprias ideias no roteiro e interpretar o
que não são, percebem logo que é o nome real deles que aparecerá nos créditos
finais!
Nenhum dos seus enquadramentos é ruim, e quando o cabo man
rebelde tenta enquadrar alguma cena que não estava no script, o Cineasta adapta
tal cena magistralmente no roteiro de forma que faça sentido posteriormente e –
pasme! – O enredo volta para a ideia original!
Artista dos artistas, sua Direção de Arte é impecável, dando
sentido a tudo, mesmo quando alguém da equipe faz algo sem nexo. Exímio
construtor de cenários e figurinos, ele monta peças que além de belas, façam
sentido e tenham função no roteiro, e as roupas dos personagens, ao invés de
roubarem a cena, apenas completam o que eles são. Mestre da fotografia, ele
capta a atmosfera de uma cena e a transforma numa obra de arte inigualável,
aplicando paletas de cores adequadíssimas, que às vezes comunicam claramente
uma ideia e outras parece confusa, mas acaba se tornando claro depois.
A Maquiagem é usada
de uma maneira que não é feita em nenhuma outra obra: pura e simples, ela nunca
esconde a realidade e serve apenas para dar sentido ao que se passa na MENTE
das pessoas.
Os efeitos especiais? Perfeitos! Afinal, quem precisa de
computação gráfica quando se sustenta o mundo no “nada” e controla a queda das
folhas das árvores?
A mixagem de som é de uma criatividade espantosa! E a trilha
sonora? Composta por pensamentos supremos que superam qualquer obra prima do
Danny Elfman, John Williams, Alan Silvestri ou Hans Zimmer! Deus enreda por
estilos e sons de todos os tipos, conhecidos e desconhecidos para captar a
atenção do público de uma forma que as imagens sozinhas não conseguem,
completando a beleza, a atmosfera e o sentido de uma cena.
O único triste de tudo isso é que mesmo expulso do set de
filmagens e afastado de todas as atividades relativas à arte, o Cabo man
desempregado e fadado às consequencias de seus atos continua tentando jogar os
membros da equipe, o público e a crítica contra o Diretor. Ele deseja montar
seu próprio filme de terror trash, mesmo sabendo que no fim das contas receberá
indicações apenas ao Framboesa de Ouro.
Mas mesmo com tais imprevistos e dificuldades, o resultado
da montagem e edição será impecável! Até por que mesmo que algum membro da
equipe cometa erros, o Diretor é
magnânimo e corta a cena mal feita na edição final, colocando o nome do
indivíduo junto aos outros, atribuindo apenas as boas obras a eles.
E no fim de tudo, percebemos que mesmo tendo todo o poder, o
Diretor respeita escolhas e perdoa traições quando há arrependimento. E o mais
surpreendente de tudo é que ele leva as estatuetas de TODAS as categorias e não
só isso, seu amor pelo público e pela equipe é tão grande que Ele os presenteia
com as estatuetas, afinal, ser a Inspiração, Razão, Autor e Diretor do filme da
Vida é o suficiente para Ele!
Muito legal...
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