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Mostrando postagens de março, 2014

Deus Réu e Culpado

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Quando Caifás rasga suas vestes declarando que “O Senhor nosso Deus é um só!” indignado com a declaração de Jesus, estamos presenciando na verdade a cena em que o julgamento clandestino do Nazareno dá seu veredicto: Culpado! Declarada a culpa, eles o levam para o governador romano que julgará Jesus sob a perspectiva política. Numa jogada aparentemente esperta para escapar de uma rebelião popular, o governador Pilatos, lava suas mãos publicamente depois de confiar que o povo teria o bom senso de escolher o inocente. Quando pensamos no sacrifício de Jesus como uma entrega para salvar a humanidade, pensamos nos pecados pelos quais ele morreu individualmente, em formato de lista. E sim, ele morreu por cada pecado cometido no passado, no presente ou no futuro. Mas a morte de Jesus foi consequência de uma condenação jurídica e religiosa que foi baseada numa acusação consistente. A justificativa político-judiciária para a morte dele foi por afirmar ser Filho de Deus perante os r...

Querida Morte – I . Velha Amiga, Velho Amigo

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Para ler ouvindo: Mathilde (Oskar Schuster) “Belo Horizonte, 13 de Março de 2014 Querida Morte, Espero ansiosamente sua visita. Eu sei que a maioria das pessoas correria de você. Acham que você é uma aberração. Eu me identifico com você. Às vezes sou invisível, às vezes vazio. Sou um completo desconhecido mesmo para os que moram comigo. Eu desperto medo, nojo, desprezo nas pessoas. Assim como elas fogem de você, elas fogem de mim. Gostaria de te encontrar e te conhecer para te perguntar como você lida com isso. Você é como nós humanos? Acredito que não. Caso contrário você própria já teria deixado de existir. Veja bem, digo isso por que nós humanos temos essa necessidade insana e inexplicável de nos relacionarmos uns com os outros. Mas isso não funciona comigo. Eu tenho a mesma necessidade, mas não posso supri-la, pois as pessoas fogem de mim. Anseio pelo dia no qual te encontrarei e nos entenderemos. Gostaria de ter coragem de te procurar eu mesmo, mas ai...